quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Nutrição no Pré e Pós operatório Cirurgia Bariátrica

No dia 10/11/2010, fui à Colatina com a Emília, ela conhece tudo lá, pois acompanhou a Rúbia e a Bete (mãe da Rúbia) nas gastroplastias que fizeram. Entreguei os últimos  exames e laudos para o Dr. Noé, ele observou que meu triglicerídeos estava alto, colesterol também, e a obesidade também deixou meu fígado com excesso de gordura, mas me tranquilizou dizendo que após a cirurgia rapidamente meu quadro iria normalizar. Foi muito otimista dizendo que tínhamos tudo para a cirurgia ser um sucesso.

Marcou a cirurgia para o dia 26/11/10, fiquei irradiante, parecia que estava sonhando, enfim meu sonho iria se realizar, daí conversei com o diretor da empresa que trabalho, ele como sempre, muito atencioso, atendeu algumas solicitações que fiz. Gente as portas se abriram de uma forma... Ufa!!!  Que Deus maravilhoso!
Peguei os cardápios pré e pós cirurgia com a nutricionista. No domingo que antecedeu a cirurgia teve churrasco na casa da Sil, alí pude me esbaldar, pois já na segunda-feira deveria fazer a tal dieta pré-operatória.

A semana que anteceu a cirurgia foi estranha, meu marido ficou tenso, e eu comecei a ficar também, mas aí Deus mais uma vez, me fortaleceu e me tranquilizei . Foi um pouco chato fazer a dieta pré-operatória, pois meu organismo sentiu falta de café, nos 2 primeiros dias minha cabeça doeu, depois meu corpo se acostumou.

Nutrição no Pré-operatório - 5 a 7 dias antes da cirurgia
Excluir da alimentação:
* Alimentos formadores de gases : melão, melancia, banana, manga, pepino, repolhos, couve-flor, brócolis, aipim, batata doce, feijão, lentilha, soja, grão de bico, ovo, milho verde, farofa, refrigerante, água com gás, café, açúcar e chiclete.
* Alimentos que dificultem a cicatrização: Chocolate, frituras, manteiga, creme de leite, requeijão, massa folhada, empadão, biscoitos gordurosos, camarão, ostra, sururu, caranguejo, siri, carne vermelha, gordura vegetal hidrogenada (pastel, salgados fritos).
* Alimentos irritantes da mucosa gátrica: café, mate, condimentos, pimenta, bebida alcoólica 
* Ingerir 8 copos de água por dia
* Não fazer abusos alimentares na semana que antecede a cirurgia
*Substituir o açúcar por adoçante

Nutrição no Pós - operatório
A terapia nutricional mais importante é, sem dúvida, a pós-cirúrgica, permitindo a manutenção de um estado nutricional adequado durante a perda de peso.
A alimentação deve evoluir gradativamente de acordo com a tolerância de cada um. E essa evolução da dieta ocorre normalmente em quatro estágios:
• 1ª estágio: 30 dias- dieta líquida-completa- inclui alimentos na forma líquida ou que se liquidifiquem à temperatura corporal. É uma dieta nutricionalmente inadequada, sendo portanto indispensável o uso de suplementação. Inclui chás (camomila, erva-doce, cidreira…), leite desnatado, iogurte desnatado, sucos de frutas não-ácidos ou vegetais (cenoura, beterraba…), sopa de legumes, verduras e carnes liquidificadas e coados, gelatinas dietéticas, água de coco, “gatorade”, batidas de frutas coadas e leite desnatado com suplementação;
• 2º estágio: 15 dias – Dieta pastosa- as refeições terão consistência semelhante a de purê e devem ser tomadas em pequenas quantidades. Os alimentos prontos comercializados para bebês (potinhos) podem ser utilizados por apresentarem a consistência ideal e possuírem nutrientes ricos em vitaminas e com a distribuição de proteínas e carboidratos considerada ótima. Inclui carboidratos em consistência pastosa (macarrão, arroz, polenta, batata inglesa), carnes magras moídas ou desfiadas, feijão ou lentilha com os grão amassados, vegetais cozidos e frutas em forma de purê, líquidos complementando a alimentação diária;
• 3º estágio: 15 dias – Dieta Branda- dieta de transição. Inclui alimentos com consistência normal, porém abrandados pelo cozimento;
• 4º estágio: em torno de dois meses após a cirurgia, todos os alimentos que fazem parte de uma alimentação balanceada e equilibrada devem ser introduzidos, em pequenos volumes e de acordo com a tolerância de cada paciente.
Nutrição após os 2 primeiros meses
Depois dos dois primeiros meses, o paciente deve ser capaz de selecionar os alimentos que lhe tragam mais conforto, satisfação e qualidade nutricional. Porém, a adaptação à dieta e independência alimentar evoluem de acordo com as características individuais.
Nesta fase, um acompanhamento periódico com o nutricionista faz-se necessário somente para o acompanhamento da evolução de peso, monitoramento e identificação de carências nutricionais. Nestas visitas periódicas, o paciente terá oportunidade de compreender a importância de seguir uma dieta correta para que sua perda de peso seja eficaz e duradoura.
Abaixo estão listadas algumas orientações importantes para que o paciente tenha uma melhor adaptação à dieta:

Mastigação

Após a cirurgia, muitos hábitos devem ser mudados e um dos mais importantes é a mastigação. Se ingerir os alimentos sem mastigar bem, o paciente pode bloquear a pequena saída de seu estômago. Isso pode causar dor, desconforto, náuseas e vômitos. Logo, nesse caso é indicado:
• Levar em torno de 30 minutos para fazer cada refeição.
• Não “pular” refeições. Quando não faz uma refeição, o paciente fica com muita fome na próxima. Com isso, perde o controle e acaba comendo muito rápido e esquecendo de mastigar bem os alimentos.
• Mastigar cada bocada 20 a 30 vezes, até que os alimentos formem uma papa na boca.
• Lembrar sempre de: mastigar, mastigar e mastigar os alimentos.
• Quantidade adequada de alimentos ingeridos – um problema comum de ingerir um pouco a mais do que a capacidade de seu estômago, são as náuseas e vômitos. Eles são causados pelo estômago pequeno, que pode ser sobrecarregado por pedaços de alimentos que não foram bem mastigados. Por isso, é importante que o paciente preste atenção aos sinais de saciedade de seu corpo, para não sentir pressão ou estufamento no centro de seu abdômem, e náuseas. No caso do paciente sentir desconforto, náuseas ou vômitos, o mesmo deve tentar identificar a causa, fazendo as seguintes perguntas:
• O alimento foi ingerido muito rapidamente ou não foi bem mastigado?
• Ingeriu-se alimentos em excesso?
• Os líquidos foram ingeridos junto às refeições ou logo após?
Essa avaliação irá ajudá-lo a fazer as mudanças necessárias para a próxima refeição.
• Número de refeições – é fundamental que o paciente fracione ao longo do dia a ingestão de alimentos, o indicado é de 5 a 6 refeições diárias.
• Ingestão de líquidos – A rápida perda de peso leva a um aumento transitório dos níveis de ácido úrico na circulação. Quando a hidratação não é suficiente poderá haver formação de litíase renal (pedra nos rins). Por este motivo, o consumo de líquidos deve ser monitorado para evitar que a urina fique muito concentrada e também evitar a desidratação. Mas os líquidos devem ser ingeridos apenas nos intervalos das refeições, nunca durante.
• Escolha de alimentos nutritivos (ricos em ferro, cálcio, zinco, vitamina B12 e ácido fólico) – priorizar a ingestão de alimentos ricos nestes nutrientes, para evitar deficiências comuns que a carência na ingestão dos mesmos pode causar.
• A intolerância ao açúcar – o consumo de alimentos açucarados deve ser evitado por dois motivos: primeiro, porque o valor calórico é elevado e segundo, dependendo da técnica cirúrgica, poderá haver Síndrome de dumping. Uma avaliação da tolerância ao açúcar poderá ser feita desde que acompanhada cuidadosamente pelo nutricionista.

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